A gengiva é um conjunto de tecidos e seu cuidado não deve ser negligenciado, além de ter sua função biológica no meio oral, ela é moldura dos dentes e das restaurações, tendo importância na estética tão evidenciado nos últimos anos que recebeu até uma denominação em relação a aparência e harmonia oral, a “Estética Rosa”.
Além do acompanhamento e tratamento por parte do dentista, é comum a recomendação de cuidados diários pelo paciente, como:
Uso de fio dental diariamente
Escovação regular, pelo menos 3x ao dia.
Uso de escovas extra-macias, e realizando movimentos suaves para não machucar a gengiva.
Segundo o Dr. Fábio Hirata, ele orienta seus pacientes a seguir um protocolo de cuidados chamado de “Profilaxia Periodontal Ninja” , que contribui para o manuseio tecidual mais controlado e menor trauma gengival.
Este protocolo consiste em:
Início: 2 (duas) semanas antes da consulta de preparos, na última higienização do dia, se possível, evitando qualquer alimentação posterior até o repouso.
Uso de Fio dental.
Escovação usual com creme dental
Escovação sem pasta, visando remover os vestígios do creme dental que inibem o efeito do Gluconato de Clorhexidina.
1 (um)Minuto de bochecho com solução bucal (enxaguante bucal) à base de Gluconato de Clorhexidina a 0,12% (o famoso Periogard da Colgate).
Duração do protocolo: até a cimentação adesiva das restaurações.
¹HIRATA, Fábio; informações enviadas por email pessoal e vídeo promocional PREP WEEK parte 2; 2018
No geral a melhor técnica é aquela que o profissional domina.
As duas técnicas mais comuns em moldagens com silicone são: "1x passo" e "2x passos", e ambas se realizadas da maneira ideal proporcionam moldes muito fiéis e muita economia de tempo, abaixo algumas dicas importantes, e até básicas de serem seguidas:
Leia o manual de instruções. Cada material tem sua especificidade de uso, temperatura e tempo de trabalhos distintos, saber dessas diferenças pode ajudar a evitar muitos transtornos e otimizar tempo.3
Utilize a proporção correta de materiais nas misturas e controle o tempo de trabalho. No desenvolvimento de produtos, as empresas realizam diversos testes para melhorar seus produtos e conhecer o limites de uso, então trabalhar fora do que é orientado pelas fabricantes faz com que o resultado final não seja o mesmo que o material poderia oferecer, resultando em puxamentos e outras distorções. Além do mais, seguir as recomendações ajuda a detectar problemas com o material, caso ele apresente comportamento diferente do esperado quando ele é utilizado da maneira correta.
Utilize boas moldeiras. Moldeiras plásticas são mais baratas e versáteis caso seja necessário desgastar para fazer algum ajuste, mas esta facilidade pode trazer problemas se a moldagem como um todo não estiver bem armazenada durante todo o momento em que ela é útil, pois por ser flexível, se ela for mal acondicionada a moldeira pode empenar, fazendo que o molde empene também, logo moldeiras metálicas são melhores por este quesito, mas entre todos os modelos prefira as mais grossas, pois as finas são suscetíveis a torções.
Utilize moldeiras proporcionais ao tamanho da arcada dental do paciente. Usar moldeiras muito maiores que o necessário, faz com que mais material de moldagem seja necessário para o molde, acontece que quanto mais material de moldagem, maior é distorção que o molde pode sofrer. Porque todos os silicones apresentam uma porcentagem mínima de imprecisão, mas esse valor é proporcional a quantidade de material usado, logo quanto mais material se usa, maior é o tamanho real dessa diferença. Porém usar moldeiras muito justas pode fazer com que o molde tenha falhas causadas pelo contato da cavidade oral com a moldeira, fazendo que essas regiões não sejam copiadas pelo silicone, ficando a moldeira sem silicone.
Atente-se a forma com a qual o silicone fixará na moldeira. Mesmo todos os passos anteriores sendo tomados, se a moldagem soltar do molde, ela pode ser considerada perdida, pois dificilmente poderá ser reposicionada corretamente. Facilita muito o uso de moldeiras com furos onde o silicone pode vazar se prendendo a moldeira, e na falta de moldeiras vazadas existe adesivos que quando utilizados nas moldeiras, faz com que os silicones fiquem colados após a presa, como o adesivo Universal Tray Adhesive da Zhermack
Diferente das moldagens de preparos dentais nas quais pode-se verificar ao término da moldagem se ela esta correta, ou é necessário a repetição do processo, nas moldagens de implantes, muitas vezes as falhas só são percebidas depois de se ter um modelo pronto ou só quando o dentista irá instalar as restaurações, por isso algumas dicas podem facilitar muito:
Utilize transferentes e análogos de implante da mesma fabricante do implante. Os componentes de fabricantes de similares podem não oferecer componentes com 100% da exatidão da fabricante original, o que contribui para o surgimento de pequenas diferenças que aumentam a necessidade de ajustes durante a instalação de próteses.
Use transferentes de forma mais simples. É mais barato ter apenas um tipo de transferente, seja para moldeiras fechadas ou para abertas, mas utilizar somente um tipo pode atrapalhar em determinadas situações, nas quais o outro tipo poderia ser melhor, logo é mais prático utilizar transferentes de moldeira fechada para restaurações unitárias, e transferentes de moldeira aberta, unidos com resina, para pontes, assim você usa a melhor de cada caracteristicas desses componentes
Siga a recomendação do fabricante sobre o uso do produto. Cada material tem sua especificidade de uso, temperatura e tempo de trabalhos distintos, estar atento a essas diferenças antes do uso no paciente pode ajudar a evitar muitos transtornos e otimizar tempo.
A técnica de "2 passos" apesar de mais trabalhosa permite um controle maior na forma como o silicone pesado e leve copiarão os detalhes das arcadas dentais, mas não tendo atenção em alguns detalhes desse processo pode levar a falsa sensação de que a moldagem esta perfeita
Criar o espaço para que o silicone leve fique de forma ideal na moldagem. No ato entre a 1º e a 2º moldagem de "2 passos", é importante que seja propiciado espaço para que o silicone leve percorra o molde e fique posicionado de maneira correta, pois sem isso ocorre dele simplesmente fluir totalmente para fora da moldagem ou criar uma camada sobre todo o material pesado, das duas formas perde-se qualidade na moldagem e não é aproveitado todas as propriedades que o material fornece, esse espaço pode ser criado com cortes feitos por bisturi ou estilete, ou também pelo recortador de silicone Putty Cut da Zhermack.
O silicone pesado tem maior estabilidade dimensional, maior memória elástica, e resistência a rasgos, porém não tem a mesma fluidez e capacidade de copiar detalhes como o silicone leve. Por isso é ideal que o silicone leve fique posicionado preferencialmente nos términos dos preparos, sulcos gengivais e sulcos oclusais.
(rev. 16/08/2022)
O cuidado com a moldagem e modelo antagonista é essencial no processo de confecção de próteses, um modelo bem confeccionado reduz significante o trabalho de ajustes antes da instalação. Os erros mais comuns com relação a estes modelos são:
Moldar sem cuidado. É a realização da moldagem sem a preocupação com sua precisão. Usando materiais baratos e de baixa qualidade, manipulando sem seguir a recomendação do fabricante, de forma totalmente intuitiva, com certeza é um dos principais fatores para obter um modelo de baixa qualidade, que tem como resultado: modelos com superfícies repuxadas que comprometem o processo de articulação, e modelos frágeis que se desfazem conforme são manipulados e usados em ajustes.
Verter o molde sem cuidado. É processar a moldagem sem realizar a higienização necessária, com gesso de baixa qualidade e sem os procedimentos necessários com relação a mistura com água e espatulação. Cuidar da moldagem sem cuidar da produção do modelo, é um fator que compromete a qualidade do modelo também.
Usar gesso de baixa qualidade. Existe diversos gessos e cada um tem uma aplicação ideal, os gessos tipo II e III não são de baixa qualidade, mas eles são ideias para outras finalidades, também nem todo o gesso especial tipo IV é excelente para a produção de modelos. Um bom gesso é aquele que tem alta dureza (resistência a abrasão), mínima alteração dimensional após a presa final, fluidez suficiente para que escoa sobre a moldagem com facilidade, e superfície final com lisura. Não é necessário investir no gesso mais caro, mas investir em um bom gesso, que pode render diversos modelos se houver cuidado para não ocorrer desperdícios, é um investimento baixíssimo que pode agregar muito durante o processo de trabalho.